"AQUI ESTAO OS 10 MELHORES MOTORES
Mais uma lista no gênero Ten best: desta vez, com os
melhores fabricantes de motores para automóveis
Já faz tempo que, influenciado pelas edições anuais 10 Best da revista americana Car and Driver, penso em "10 melhores" quando se fala de automóveis. Os americanos adoram listas desse tipo, tendência cultural mostrada de forma hilária no filme Alta Fidelidade, onde um grupo de trintões solteiros fazia listas "5 best" para praticamente tudo.
Quando escrevi sobre o McLaren F1, disse que somente três empresas poderiam fazer seu motor: BMW, Ferrari ou Honda. Alguns quiseram saber por quê, e como uma coisa leva a outra, acabei imaginando esta lista: os 10 melhores fabricantes de motores para automóveis da atualidade.
Como diz o título, estamos falando de motores para automóveis, o que exclui caminhões e motocicletas. Apesar de alguns dos fabricantes da lista produzirem também estes veículos, suas criações nestas áreas não foram levadas em conta na análise. Vale também explicar que se trata de análise objetiva, mas não totalmente. O mais divertido é que cada pessoa que conheça o assunto, e resolva montar a lista, resultará numa lista diferente. A intenção é mesmo provocar discussões entre conhecedores, algo que sempre enriquece qualquer assunto.
1°. BMW Se tivesse criado apenas o V12 do McLaren F1, já seria forte candidata à primeira posição. Este 6,1-litros de 627 cv e incríveis 600 mm de comprimento total é, provavelmente, o melhor motor já instalado em um carro de passeio. Mas a BMW não fica só aí: seus quatro e seis-cilindros em linha, V8 e V12 formam uma gama fantástica, entre os melhores em suas respectivas faixas. Os seis-em-linha de 2,0 a 3,3 litros são provavelmente os melhores: alta potência específica, suavidade de funcionamento exemplar, torque abundante em toda a faixa de rotações.
O que vai no M3 é o mais violento: com 3,2 litros e 343 cv a 7.900 rpm, trata-se de um propulsor vocal e entusiasmante. Sobre ele já foi dito que "tem a suavidade de um V12, a potência e o torque de um grande V8, mas sobe de giro tão fácil como um pequeno quatro-em-linha." E, diferente da Honda e Ferrari, a BMW também faz diesels excelentes, como o seis-em-linha CDI de 3,0 litros, turbinado, que faz do 330d um verdadeiro esportivo a diesel.
2°. Ferrari Os Ferraris sempre tiveram motores excelentes. A única diferença é que hoje seus carros são tão bons quanto seus motores, fazendo conjuntos impressionantes. Todos os atuais têm cerca de 100 cv/l ou mais, aspiração natural, mais de 390 cv e um urro a alta rotação que rivaliza o F1. Precisa-se dizer mais?
3°. Honda Soichiro Honda ficava muito nervoso se ouvisse dizer que o Japão era uma nação de copiadores, e por causa disso sua empresa é um exemplo de engenharia, sobretudo quando se fala de motores. O famoso sistema VTEC iniciou uma revolução na potência específica dos motores aspirados, que levou inclusive a Ferrari a se mover para a posição que está hoje. Basta dizer que produz em série um 2,0-litros aspirado com 240 cv (no S2000), nada menos que 120 cv/l, o maior índice da indústria.
Por outro lado, iniciou uma revolução com seu Insight, equipado com um pequeno três-em-linha assistido por um motor/gerador elétrico onde normalmente está o volante, eliminando o motor de partida. Apoiado por um compacto conjunto de baterias, que acumulam energia normalmente desperdiçada (para posterior reutilização), é um sistema que funciona tão bem, e com tamanha eficiência energética, que arrisco prever sua adoção pela maioria dos fabricantes em um futuro próximo. Só não está à frente da BMW e Ferrari porque, ao contrário dos dois, oferece alguns propulsores decepcionantes, como o 1,7-litro do Civic nacional -- e é uma negação quando se fala de diesel.
4°. Porsche Um pouco atrás dos "Três Grandes", pois sua especialidade não conta pontos em minha análise. Turbinar um motor traz ótimos resultados, mas não denota tecnologia tão avançada como um aspirado de alto rendimento -- sem falar na elegância da engenharia, linearidade na produção de força e até musicalidade do motor. Mas motores turbo são muito potentes em relação ao espaço físico que ocupam, seu peso total e cilindrada. A Porsche continua como líder desta tecnologia, e seu novo flat-6 biturbo de 462 cv e 3,6 litros (do GT2) garante um honroso quarto lugar para a empresa.
5°. Mazda A empresa de Hiroshima garante o quinto lugar por apenas um motivo: o motor rotativo tipo Wankel. Nas décadas de 60 e 70 muitos tentaram fazer essa incrível invenção funcionar, mas só ela teve sucesso. O novo Renesis, a ser lançado no RX-8, mostra como a empresa ainda se dedica a ele: 250 cv num aspirado de dois rotores e 1,3 litro, potência antes possível só com turbo. As vantagens do rotativo estão sobretudo em tamanho e peso reduzidos, suavidade e facilidade de subir de rotação. Não são econômicos nem baratos para se produzir, mas quase perfeitos para carros-esporte. E só a Mazda sabe fazê-los.
6°. Chevrolet Outra que figura na lista por causa de um motor apenas: o V8 de 5,7 litros que equipa o Corvette (e algumas versões da Holden australiana). Apesar de parecer ultrapassado, por sua clássica configuração de comando único no bloco, duas válvulas por cilindro atuadas por varetas e baixa potência específica, trata-se de um motor excelente. Comparado a um moderno V8 de quatro comandos, 32 válvulas e 4,0 litros, o Chevrolet é mais potente, leve, econômico, barato e tem menos peças móveis. E se o exótico V8 de 4,9 litros do BMW M5 tem 400 cv, o do Corvette Z06 tem 405 -- custando, talvez, metade do preço. A Ford precisou colocar um enorme compressor mecânico tipo Roots em seu V8 de 32 válvulas e quatro comandos para chegar a 360 cv.
Há alguns anos, o Corvette ZR1 custava uma fortuna, mas oferecia um V8 multiválvula de alumínio, de 5,7 litros e 400 cv, projetado pela Lotus. Hoje, por uma fração do custo desse exótico propulsor, os engenheiros da Chevy conseguiram o mesmo resultado -- e por tabela provaram que complexidade e número de válvulas ou comandos nem sempre são sinônimos de engenharia bem feita.
7°. Volkswagen Os novos turbodiesel Tdi de 1,9 litro pumpe düse da VW têm um torque tão grande que não faria feio na ficha técnica de um V8 a gasolina -- e são montados em Golfs. No Brasil, o 1,0 16V Turbo é uma pérola, mais econômico e tão potente quanto um 2,0 aspirado. É talvez o mais moderno e eficiente propulsor nacional. Como se não bastasse, existe ainda a família VR/W, que pode ir de cinco a 16 cilindros e de 150 a 1.000 cv (Bugatti Veyron). São muito complexos, talvez mais caros e pesados que motores convencionais, mas quem já dirigiu o delicioso VR6 imagina o que sejam as versões maiores dessa família.
8°. Lamborghini Seu V12 é evolução de um motor que tem quase 40 anos. Mas garante lugar na lista porque é talvez o propulsor mais visceral, violento e apaixonante já criado. Mostra que engenharia sem paixão, tão difundida atualmente, perde sempre para algo que leva impressa a alma de seu criador.
9°. Toyota/Lexus O oposto perfeito da Lamborghini: paixão nula, eficiência assombrosa. A Lexus faz seis-em-linha quase tão bons quanto os BMW e V8 mais suaves que os Mercedes, mas tão entusiasmantes quanto os BMW. A Toyota tem motor 1,8 de 180 cv aspirado (no Matrix), quase tão bom quanto os Honda, e V6 suaves, econômicos e potentes.
10°. AMG Esta divisão da Mercedes-Benz mostra que preparação de motores não é algo inútil e irresponsável. Ela pega o que é apenas bom (os motores Mercedes) e transforma em algo fantástico. Sempre prefere compressores mecânicos, muito mais lineares e suaves que as turbinas. E cada motor AMG é montado por apenas uma pessoa, que checa tolerâncias e qualidade geral com um cuidado impossível em produção normal. Sua piéce de resistance são os V6 e V8 com compressor tipo parafuso, máquinas belíssimas e suaves, mas com uma alma feroz completamente ausente nos Mercedes normais.
Como em qualquer lista desse tipo, existem omissões. Podem-se citar a Alfa Romeo, por seu delicioso V6, e a Lotus, com seu V8 biturbo de 350 cv, pequeno e leve. Mas não sobrou espaço para eles.
É interessante notar que os "Três Grandes" da lista -- BMW, Ferrari e Honda --, quando entram em competições como a Fórmula 1, o fazem com seus próprios engenheiros para lucrar não apenas na propaganda. O atual motor BMW de F1 foi projetado nas mesmas estações Catia que desenharam o motor do M3. A Honda sempre treina seus jovens engenheiros em competições antes de colocá-los para trabalhar "normalmente".
Já alguns ausentes da lista se limitam a comprar ou financiar fabricantes independentes de motores, como a Mercedes-Benz (que criou grande parte de sua fama agindo como as "Três Grandes" no passado) fez com a Ilmor. Nem sempre o caminho mais fácil é o de maior retorno...
« Última modificação: Junho 09, 2006, 02:16:45 por dragaoazul »"
POSTO ISTO SO ME APETEÇE DIZER
I LOVE BIMMER POWER
Nem os Americanos ficam Indiferentes ao PODER BAVARO, HEHE
O mercedes em ULTIMO,

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