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Condução à chuva

Enviado: 13 mai 2010, 13:52
por Rick
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Deixo aqui algumas dicas para prevenir algumas situações que podem ser perigosas. Desde já fica o conselho de que sempre que esteja mau tempo,mesmo de dia, circular com os médios ligados (ou pelo menos os mínimos) pois é tão importante ver como ser visto.

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Quando a água sob o pneu se acumula mais depressa do que a capacidade deste em escoá-la, o automóvel pode perder totalmente o contacto com a estrada. Chama-se a isto aquaplaning. Para o evitar, mantenha os pneus à pressão correcta e com um bom piso, reduza a velocidade e mantenha-se afastado das poças de água. À medida que a chuva vai caindo, esta vai-se misturando com a sujidade e óleo depositados na estrada, criando condições de aderência precária. Reduza a velocidade e mantenha-se alerta.

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Quando inicia uma viagem com chuva, os seus sapatos estão molhados e podem escorregar nos pedais. Limpe as solas nos tapetes do carro antes de arrancar. Dê espaço. A distância de travagem é três vezes maior no piso molhado. É importante não ir muito junto ao veículo que segue à sua frente. Quando a visibilidade é tão limitada que as bermas da estrada ou os outros veículos não são visíveis, deve parar o automóvel, mantendo os faróis acesos assim como as luzes de emergência.

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Adapte a sua condução ao estado do tempo


A Condução e as condições meteorológicas adversas

As condições meteorológicas que caracterizam o Outono e o Inverno são factor de risco acrescido na condução.Chuva, nevoeiro, gelo e neve alteram substancialmente as condições da circulação rodoviária, cabendo ao condutor adoptar comportamentos ajustados a estas situações e adaptar a condução às várias circunstâncias com que vai sendo confrontado.Os principais factores que concorrem para uma maior perigosidade da condução sob condições meteorológicas adversas são:

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-Má visibilidade

-Perda de aderência

-Maior desgaste da viatura

Para atenuar estes efeitos é necessário que o condutor: Verifique regularmente as condições técnicas do seu veículo. Adapte a condução ao estado do piso, às condições de visibilidade, ao estado e carga do veículo, às suas próprias condições psicofisiológicas e à intensidade do tráfego.

Pneus - O piso molhado ou escorregadio provoca diminuição considerável das condições de aderência, as quais podem ainda ser agravadas por pneus em mau estado. Por isso há que verificar o seu bom estado de conservação e a pressão, mantendo-a de acordo com o prescrito pelo fabricante, não esquecendo o sobresselente.

Sistema de iluminação e sinalização - Os faróis, as luzes de presença, de travagem (stops) e os pisca-pisca devem encontrar-se em boas condições de funcionamento. A limpeza dos vidros dos elementos ópticos é essencial. No caso dos faróis, a sujidade pode reduzir-lhe a intensidade em 40%.

É importante assegurar também o bom funcionamento do sistema de travagem, da bateria, dos amortecedores, do limpa pára-brisas e do estado de conservação das escovas.


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O comportamento do condutor
Sendo, nestas condições, a deficiente visibilidade e a diminuição da aderência ao piso os maiores problemas, os principais comportamentos a adoptar são:

-Aumento da distância de segurança

-Redução da velocidade

-Circulação em médios

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Mas porquê adoptar estas precauções ?

Aumento da distância em relação ao veículo da frente (distância de segurança)
O piso molhado ou escorregadio faz com que a distância de travagem (distância percorrida pelo veículo desde o momento em que o condutor inicia a travagem, até à sua imobilização total) aumente e consequentemente, a distância de paragem se for necessário parar o veículo. Assim, facilmente se compreende que em tais situações a distância de segurança, que depende apenas da avaliação do condutor, deve ser aumentada. Se o condutor do veículo da frente tiver que fazer uma travagem/paragem brusca ou uma diminuição inesperada de velocidade, o condutor que o precede terá tempo para agir, minimizando, assim, o risco de colisão.

O factor dominante na ocorrência de acidentes em cadeia que acontecem, sobretudo, quando a visibilidade é reduzida, reside sobretudo na falta de manutenção de distâncias de segurança suficientes para evitar colisões, em concorrência com a deficiente visibilidade que não permite ver a via para além do veículo da frente.


Redução da velocidade
A distância de travagem é tanto maior quanto mais elevada for a velocidade. É pois necessário reduzi-la quando a visibilidade se encontra diminuida. Só assim é possível travar dentro do espaço visível, espaço este que é menor com chuva, nevoeiro ou neve.

Por outro lado a distância de travagem também aumenta quando a aderência ao piso se encontra prejudicada, pelo que nestas condições a redução da velocidade é o factor que mais pode contribuir para que a distância de travagem seja menor. Tendo presente que muitos acidentes se podem evitar com uma travagem e, se necessário, paragem atempada do veículo, facilmente se conclui da necessidade de reduzir tanto quanto possível essa distância

Há que considerar ainda que quanto mais elevada for a velocidade maior o risco de derrapagem, mais provável com piso molhado ou escorregadio. Contudo, se o veículo entrar em derrapagem o condutor não deve travar, deve desembraiar (para libertar as rodas motrizes) e tentar controlar o veículo por pequenos toques no volante, virando as rodas no mesmo sentido da derrapagem.


Circulação em médios
Com chuva, nevoeiro ou neve a visibilidade pode ficar muito reduzida. Nestas condições é essencial ser visto pelos outros condutores e restantes utentes da via pública, pelo que deve circular com os médios. Em caso de nevoeiro deve activar, também, o farol de nevoeiro e ter presente que a circulação em máximos pode, neste caso, representar um risco acrescido, pois transformam o nevoeiro num ecrã branco que reflecte a luz, reduzindo ainda mais a visibilidade. Para ver melhor deve evitar o embaciamento dos vidros, através da regulação do sistema de aquecimento.
Além destes comportamentos, que devem ser sempre adoptados, há situações que requerem cuidados específicos.


Com chuva

- No início.
É necessário tomar de imediato precauções quando das primeiras gotas de chuva. É no início, logo que caem as primeiras gotas, que o piso se torna particularmente escorregadio devido à mistura da água com a sujidade acumulada sobre a superfície da via. Modere desde logo a velocidade e aumente a distância em relação ao veículo da frente.

- Poças de água
Ao passar sobre uma poça de água faça-o muito devagar e em 1ª velocidade, pois o choque com a água pode desequilibrar o veículo e provocar uma derrapagem. Posteriormente, experimente os travões que, estando molhados, poderão não funcionar bem. Deixe-os secar, conduzindo lentamente e pressionando ao de leve o pedal do travão. Para além disto, nunca se sabe se a poça de água esconde um buraco o que, principalmente se conduzir um veículo de duas rodas, pode ter consequências graves.

-Aquaplanagem ou hidroplanagem
A água, os pneus em más condições ou com pressão baixa e as velocidades elevadas, podem causar a aquaplanagem. Esta ocorrência consiste na perda total do contacto dos pneus com o piso, deslizando o veículo sobre uma superfície de água, o que faz com que o condutor perca o controlo sobre a direcção e, consequentemente, sobre a trajectória do veículo.

-Peões e condutores de veículos de duas rodas
Os peões e os condutores de veículos de duas rodas ficam ainda mais vulneráveis ao circular com chuva. Os chapéus de chuva, no caso dos peões, a chuva nos óculos ou nas viseiras dos capacetes no caso dos "duas rodas", prejudicam-lhes a visibilidade e o barulho da chuva impede-os de ouvir claramente. Têm tendência para fazer movimentos de desvio a fim de evitar a lama e as poças de água.Na presença destes utentes o condutor deve estar preparado para se confrontar com comportamentos imprevistos.


Com nevoeiro
Com nevoeiro não se deve ultrapassar pois a falta de visibilidade torna a manobra muito difícil e arriscada. Vêem-se mal os veículos que circulam em sentido contrário, havendo ainda que levar em conta que o veículo que segue à frente como que espalha o nevoeiro dando ao condutor de trás uma falsa informação; ao ultrapassar pode deparar-se-lhe um nevoeiro muito mais espesso.Com estas condições atmosféricas a fadiga surge com mais facilidade devido ao esforço do condutor para tentar ver sempre mais além. Por outro lado, o nevoeiro abafa os sons, ouvindo-se mal os outros veículos, sendo por isso aconselhável fazer uso do sinal sonoro, quando necessário.Se o nevoeiro for muito espesso, o condutor tem mesmo dificuldade em orientar-se pelo que deve avançar "a passo", tomando a berma direita como referência.


Com Neve ou Gelo
Com neve e, principalmente, com gelo (ou geada), a aderência dos pneus ao piso é quase nula e o veículo facilmente pode patinar, tornando-se difícil controla-lo. Para minorar este risco coloque as correntes regulamentares nos pneus, de forma a aumentar a aderência.Deve-se circular a velocidade muito lenta; não fazer travagens ou acelerações bruscas e manobrar o volante com suavidade. Sentindo-se a direcção "solta", deve reduzir-se mais a velocidade sem fazer uso do travão, levantando o pé do acelerador e corrigindo suavemente a direcção.Um outro aspecto a ter em atenção e face ao qual há que tomar os devidos cuidados é o facto de, ao depositar-se na via, a neve cobrir as marcas rodoviárias chegando mesmo, por vezes, a impedir a visão dos sinais verticais. Com grandes nevões o mais seguro é não viajar.


Com Vento
Há ainda que considerar um outro factor meteorológico perante o qual os condutores devem, também, adoptar comportamentos defensivos. É o caso de rajadas de vento ou vento forte.Nestas situações o condutor pode perder o controlo da direcção do veículo, e consequentemente da sua trajectória, sendo este risco tanto maior quanto mais elevada for a velocidade.Para compensar este efeito o condutor deve reduzir a velocidade e virar o volante para o lado donde sopra o vento, não esquecendo que ao entrar numa zona mais abrigada é necessário retomar a posição normal do volante.Também em zonas ventosas e em presença de veículos de "duas rodas" o condutor terá que estar atento a desvios imprevistos da trajectória destes veículos, muito vulneráveis à força do vento.

Atenção:
Na condução sob condições atmosféricas adversas o condutor deve evitar a realização de manobras desnecessárias, sobretudo da manobra da ultrapassagem e reforçar a adopção de uma condução defensiva, adaptando a sua condução, particularmente, à redução da visibilidade e da aderência ao piso. Quando viajar com condições meteorológicas adversas, sintonize as rádios nacionais e/ou locais para obter informações sobre o estado do tempo e das condições do tráfego nas vias.[/textarea]

Base legislativa
• Artigo 23º do Código da Estrada.
• Alínea h) do nº 1 do Artigo 25º do Código da Estrada
• Nº 1 do Artigo 59º do Código da Estrada, em conjugação com a alínea b) do nº 1 do Artigo 61º do Código da Estrada.
• Alínea d) do nº 1 do Artigo 61º do Código da Estrada.

Re: Condução à chuva

Enviado: 18 mai 2010, 19:51
por BMW_blue
boas dicas e informações, pois existem pessoas que não diferenciam tempo de chuva de bom tempo, é sempre a abrir...

Re: Condução à chuva

Enviado: 19 mai 2010, 00:19
por germanii
Eu que o diga meti na ideia de meter Pneus em Portugal,Fiz N de kilometros sempre a Chuver Torrencial com pneus meios Carecas ,pois digo-vos è uma cena a Nao Fazer ,foi horas e Horas de Stress com os Camioes a puxar-vos no Cu e eu nao poder andar mais de 70 Kmh pois o Carro fugia por todos os Lados ,Nunca Mais (às vezes temos ideias Malucas)Deve ser a Culpa da Lua :lol:

Re: Condução à chuva

Enviado: 19 mai 2010, 00:39
por HangaS
Nisso não facilito. Gosto de andar bem "calçado". Não vejo lógica em poupar uns trocos nuns pneus, e depois numa situação inesperada gastar bem mais que isso a reparar o carro ou em cuidados hospitalares.

Acho que ja postei este video aqui uma vez noutro tópico, mas como está relacionado aqui fica mais uma vez:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=zA6MUlVNkLM[/youtube]

Regra geral faço com que a montagem de pneus novos coincida com a chegada do inverno. Primeiro porque geralmente uso pneus macios (UHP ou ESP) e assim tenho o maior piso durante o inverno (no primeiro pelo menos) e evito dar-lhes a maior coça em Agosto na Autoestrada.

Re: Condução à chuva

Enviado: 19 mai 2010, 00:57
por dani_320d
chuva+pneus baratuxos+rotundas= FESTA


:lol1

Re: Condução à chuva

Enviado: 19 mai 2010, 09:15
por AcesHigh
dani_320d Escreveu:chuva+pneus baratuxos+rotundas= FESTA


:lol1
ui!! FESTA e de que maneira :roll:

Re: Condução à chuva

Enviado: 19 mai 2010, 09:49
por Rick
Obrigado pela adição HangaS :fixe

Re: Condução à chuva

Enviado: 23 mai 2010, 22:41
por moreira_89
eu ando sempre com eles ligados quer faça sol ou chuva :lol1

Re: Condução à chuva

Enviado: 02 jun 2010, 14:24
por Penetra
eu so gosto da chuva para andar nas rotundas. é fixe.

mas tenho mt cuidado na estrada pois é mt perigoso ja tive um acidente por causa de chuva com oleo

Re: Condução à chuva

Enviado: 03 jun 2010, 20:40
por TelmoFT
pois pois penetra, a chuva e o oleo não é?
Eu conheço bem essa história do óleo, eu quando capotei o pajero tambem foi o "óleo" que quando ia em slide o fez agarrar mais em vez de escorregar e virou :lol1 :lol1 :lol1

Cumpts

Re: Condução à chuva

Enviado: 07 out 2010, 06:09
por Sotnas
Isso são dicas tuas ou foi retirado de algum manual de código da estrada?

Re: Condução à chuva

Enviado: 08 out 2010, 23:39
por luiscardoso
Caro Rick
Li o teu post que julgo ser muito apropriado para o tempo que ai vem.
Que todos conduzam com civismo e claro respeito peos outros.

Abraço
João

Re: Condução à chuva

Enviado: 10 out 2010, 02:49
por MarcosFonseca
Infelizmente ainda há muita falta de civismo nas estradas Portuguesas.

Médios em tempo de chuva devia de ser obrigatório e punido com multa. Tal como deveria de ser obrigatório o uso de piscas. Mas isso é outro assunto...

Obrigado pela partilha Rick.

Re: Condução à chuva

Enviado: 10 out 2010, 04:06
por Dudex
Com chuva o mais importante para além de pneus decentes é saber fazer trajectórias e acima de tudo ter cuidado com as transferências de massa. Ou seja, saber conduzir que é o que faz falta por aí, a malta acelera sem saber como nem porquê.

Re: Condução à chuva

Enviado: 10 out 2010, 15:53
por BlackOpenAir
Dudex Escreveu:Com chuva o mais importante para além de pneus decentes é saber fazer trajectórias e acima de tudo ter cuidado com as transferências de massa. Ou seja, saber conduzir que é o que faz falta por aí, a malta acelera sem saber como nem porquê.
Leste-me os pensamentos, estou 100% de acordo de que a condução na via pública exige atenção e destreza em qualquer situação, mas com chuva os cuidados devem ser multiplicados por 100, porque temos que zelar pela nossa integridade física e pela dos outros condutores. A mim faz-me confusão como é que há pessoas que conduzem da mesma maneira em seco e em molhado.